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Jornal de Negócios por C-Studio

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Investir em moda não é um luxo

Investir em moda não é um luxo

Desde o dia 8 de setembro e até 5 de outubro, os holofotes do universo da moda estão voltados para os desfiles nas quatro grandes capitais da moda: Nova Iorque, Londres, Milão e Paris. Mas a moda também dá cartas no universo dos investimentos.

Segundo o estudo da Deloitte, Global Fashion & Luxury Private Equity and Investors Survey 2021, 97% dos investidores vão continuar a investir na indústria da moda e luxo, apesar da persistência da pandemia este ano. A totalidade dos investidores sondados antecipa que o setor reverta a tendência negativa e volte a crescer até 2022. O estudo analisa as tendências no mercado de moda e luxo a partir de dados de mercado e entrevistas com investidores à escala mundial.

O mesmo estudo revelou que a totalidade dos fundos de investimento considera investir num ativo de moda e luxo, com interesse crescente no fabrico de vestuário e acessórios (67%), este ano, seguido pela área da cosmética (42%). “Tanto os investidores atuais quanto os recém-chegados são mais atraídos por setores consolidados da indústria de moda e luxo (como vestuário e acessórios e cosméticos e fragrâncias), em que o conhecimento do mercado é generalizado”, refere a Deloitte. A quase totalidade dos participantes do estudo (97%) faz parte de fundos de capital privado, cujo foco está principalmente em aquisições (73%) nos setores de moda e luxo (22%), e 76% dos investidores têm um ativo de moda e luxo no seu portefólio.

Sustentabilidade e ética valorizadas no setor da moda

A indústria da moda tem um impacto significativo no meio ambiente e na sociedade, por isso, especialistas da Schroders fizeram uma análise de sustentabilidade a algumas das principais empresas de moda, incluindo H&M, Inditex, Primark, Adidas e Nike. Entre sete empresas em análise, a Adidas foi a líder e a Primark ficou no último lugar do ranking.

O supracitado estudo da Deloitte indica, a este nível, que “os consumidores estão mais conscientes das questões ambientais e sociais, tendo em conta a sustentabilidade nas suas decisões de consumo”. E existe também maior sensibilidade a temas sociais e éticos como a diversidade e a inclusão e os clientes vão querer, cada vez mais, marcas mais responsáveis. Neste cenário, as empresas de luxo e moda estão a focar-se no desenvolvimento de modelos de negócio circulares e formas inovadoras de evitar desperdícios e usar recursos de forma eficiente, além de estarem comprometidas com questões sociais como a inclusão e a beleza não convencional, tornando a moda e o luxo cada vez mais fundidos com os valores humanos.

Investir através de fundos: vantagens e desvantagens

“Gosto de ter o meu dinheiro onde possa vê-lo: pendurado no meu armário.” A citação é de Carrie Bradshaw, protagonista da série “Sexo e a Cidade”, interpretada por Sarah Jessica Parker. Mas para quem prefere aplicar o dinheiro em investimentos que possam valorizar nos mercados financeiros, é possível investir no setor da moda através de fundos de investimento.

Um fundo de investimento é um produto financeiro constituído por dezenas de títulos de diversas entidades, como ações, obrigações e outros ativos. Cada fração ou parcela de um fundo chama-se unidade de participação e é através da subscrição (compra) destas unidades que se participa no fundo, concretizando o investimento. Existem fundos de investimento de obrigações (títulos de dívida pública ou emitida por empresas), de ações (com maior potencial de rendibilidade, mas também maior risco associado), fundos multiativos (que investem em simultâneo em ações, obrigações e outros ativos financeiros), os PPR (Planos Poupança-Reforma), entre outros. Existem três prazos indicativos para investir em fundos: curto prazo (1 a 2 anos), indicado para fundos constituídos por liquidez; médio prazo (3 a 4 anos), indicado para fundos de obrigações e multiativos; e longo prazo (mais de 4 anos), adequado para fundos de ações e PPR.

Investir em fundos de investimento tem várias vantagens associadas:

  • São uma alternativa ao investimento direto em instrumentos financeiros ou ativos imobiliários;
  • Possibilitam uma maior diversificação da carteira de investimentos e a diluição do risco associado ao investimento num único ativo ou classe de ativos;
  • Permitem reduzir os custos de transação e maior simplicidade na forma de investir, além do acesso a mercados que de outra forma estariam inacessíveis a investidores particulares;
  • Possibilitam que os investidores que não dispõem dos conhecimentos ou tempo necessários para escolher ativos específicos tenham uma equipa especializada que faz todo o trabalho por eles;
  • Permitem investir em quaisquer temas e geografias, consoante as preferências de cada investidor;

Conhecem-se, previamente à subscrição, as regras de reembolso dos valores aplicados.

Mas também existem riscos associados ao investimento em fundos, que só podem ser totalmente avaliados com base na leitura da documentação obrigatória associada a cada fundo de investimento, como indica a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Risco de capital. Trata-se de um produto financeiro sem garantia do capital investido nem de rendibilidade mínima. Como o valor da unidade de participação oscila ao longo do tempo, não há uma certeza quanto ao retorno do investimento, que pode ser positivo, nulo ou negativo. Além disso, as rentabilidades apresentadas pelos fundos referem-se à performance do passado e não são garantia de rentabilidades futuras.

Risco de mercado. Os ativos que constituem um fundo, ações e obrigações, por exemplo, têm impacto no seu valor e, uma vez que estão geralmente cotados nos mercados de capitais, registam flutuações de preços, existindo, por isso, a possibilidade de perda parcial ou total do capital investido.

Risco cambial, caso seja um fundo exposto a moeda estrangeira. Existem fundos em várias moedas, como por exemplo, o euro, o dólar, a libra, entre outras. A taxa cambial entre a moeda de origem do fundo e o euro é um fator importante a ter em conta quando investe.

Investir a partir de 1€

Coco Chanel disse um dia que “as melhores coisas na vida são grátis, as segundas melhores são muito caras”. Contudo, para investir num fundo de investimento e pôr o seu dinheiro a render, não é necessário despender grandes somas. Existem fundos cujo valor mínimo de investimento é 1€ e não existe valor máximo. Além disso, não existe propriamente um valor recomendado para investir, mas uma coisa é certa, não deve aplicar todo o dinheiro que tiver disponível. Antes de investir, deve ter em consideração fatores como o valor que pode pôr em risco, ou seja, que pode investir sem garantia de rendibilidade nem do capital investido, e o montante de que pode abdicar durante um determinado período de tempo. Deve investir em fundos de investimento com uma visão de longo prazo, tendo presente que o tempo da sua aplicação pode contribuir para alcançar um objetivo previamente definido, por exemplo, uma determinada rentabilidade. Antes de qualquer investimento deve consultar o prospeto ou folheto informativo de cada fundo.


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