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Jornal de Negócios por C-Studio

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O amanhã começa agora, prepare a sua reforma hoje

O amanhã começa agora, prepare a sua reforma hoje

Dois anos de pandemia global deixaram marcas profundas. De um dia para o outro, tudo mudou. As prioridades foram reavaliadas e os sonhos saltaram da gaveta. Mas antes de entregar a carta de demissão, aposte numa solução que poderá ajudar a garantir a sua independência financeira. Pense no futuro.

O mundo mudou. E as pessoas também. Primeiro veio o medo do desconhecido, as regras de isolamento, a aposta na prevenção, o afastamento entre tudo e todos. As relações pessoais tornaram-se distantes, o mercado de trabalho também. Depois, a pouco e pouco, voltámos à vida, às nossas vidas. Mas com novos ritmos, novos hábitos e outras prioridades. A vida familiar reconquistou o seu lugar e o trabalho – que invadiu esse espaço – ganhou novos contornos. Afinal o que é importante?

Para muitos, é tempo de abraçar novos desafios, de reavaliar. Os números são avassaladores. Em 2021, mais de 47 milhões de trabalhadores demitiram-se dos seus empregos – apenas nos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisa da consultora PwC, um em cada cinco funcionários em todo o mundo planeia demitir-se nos próximos 12 meses. O movimento, batizado como GreatResignation (em português, Grande Demissão) por Anthony Klotz, psicólogo organizacional e professor associado da Universidade Texas A&M, é o resultado inevitável do esgotamento generalizado dos funcionários, de demissões adiadas durante a incerteza da pandemia provocada pelo vírus Covid-19, do desejo de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e do desejo de manter a autonomia obtida com o trabalho remoto. “Quem somos como funcionários e trabalhadores é uma parte muito importante de quem somos como pessoas”, conta.

Este foi, aliás, um dos grandes temas em foco (“O futuro do Trabalho) na Web Summit 2022, realizada entre um e quatro de novembro, na FIL, em Lisboa. De acordo com o resumo do painel, tratou-se de refletir sobre: “da Grande Demissão à ascensão do FOMO (“fear of missing the office”, ou medo de perder o escritório), como devemos repensar e reinventar os espaços de trabalho para buscar eficiência no trabalho e retenção de talentos móveis?”

Para Maria João Velez, investigadora do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, na área de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional, “este fenómeno [Grande Demissão] tem sido motivado pelas crescentes exigências, desilusões, frustração e sentimento de injustiça dos trabalhadores, experimentados nas últimas décadas, assim como a pressão e o aumento do stresse no trabalho para níveis considerados inaceitáveis”. E acrescenta: “A forma de trabalho adotada pela maioria das organizações, em que as necessidades dos trabalhadores são negligenciadas pelo sistema, nomeadamente ao nível da liderança e das práticas organizacionais, tem implicações negativas no bem-estar, em que o burnout é o fator mais fortemente relacionado com o abandono no trabalho”.

Também há quem defenda que é mais do que milhões de pessoas insatisfeitas com as suas condições de trabalho ou a querer trabalhar à distância. Lynda Gratton, professora da London Business School, escreveu numa publicação da universidade que “muitas pessoas utilizaram o confinamento como uma oportunidade para reavaliar as suas escolhas de vida e de trabalho. Desaprenderam algumas formas de trabalhar e começaram a construir novos hábitos: como passar mais tempo com as famílias, dedicar-se às comunidades e evitar as viagens para ir e regressar dos empregos”. Ser confrontado com a própria morte é, por um lado, assustador, mas por outro esclarecedor. “As pessoas perguntam-se a si próprias, quais são os seus verdadeiros valores. Porque é que, quando o nosso tempo é tão finito, alguém quereria passar os seus dias a fazer algo que não se alinha com esses valores?”, salienta Dan Cable, professor de comportamento organizacional na mesma universidade.

Objetivos a longo prazo

Ser feliz. É esse o grande objetivo. Mas não é fácil escrever uma carta de demissão quando se tem contas para pagar e não se sabe o que o futuro reserva. No caso português, é ainda mais improvável que isso aconteça. É uma questão cultural. A professora Maria João Velez, chama-lhe “elevado evitamento de incerteza”. Para a especialista, dificilmente acontecerá em Portugal a saída efetiva em massa de trabalhadores que se tem verificado nos EUA e noutros países europeus. “Mas isso não significa que a insatisfação, desmotivação e exaustão física e mental não estejam presentes entre os colaboradores portugueses.” A questão é que precisam de se sentir seguros para dar o primeiro passo, tal como explica Maria João Velez, “muitos dos trabalhadores portugueses têm intenção de sair da organização onde trabalham atualmente, mas apenas concretizarão este desejo quando encontrarem uma alternativa mais atrativa (em termos de função e/ou recompensa), mas que também lhes garanta maior estabilidade e segurança profissional”.

Independência financeira

Apostar em Fundos PPR do ActivoBank poderá ser uma forma de garantir a independência financeira para se poder decidir sobre o que se quer realmente da vida. Direcionados para quem pretende investir na reforma com uma visão de médio/longo prazo e com tolerância ao risco. Este produto permite subscrições a partir de 100 euros, com entregas mensais programadas a partir de 25 euros e poderá acompanhar o seu investimento passo a passo na App.

Ter um Plano Poupança Reforma (PPR) permitir-lhe-á ter um pé-de-meia para a reforma ou para outros imprevistos que se cruzem no seu caminho (neste caso, tenha em atenção as penalizações por resgate antecipado, se a situação não se enquadrar nas exceções legais – ver caixa “Benefícios fiscais”). Na carteira de Fundos PPR, pode escolher entre vários Fundos de Investimento ajustados aos diferentes perfis de investidor. As contribuições entregues pelos subscritores são investidas em carteiras de ativos financeiros muito diversificadas e de acordo com o perfil de risco definido, de modo a otimizarem a rendibilidade face ao risco assumido. Isto porque se tratam de aplicações financeiras geridas por uma Sociedade Gestora, de modo transparente e seguindo uma política de investimento definida, mas em que o capital investido não é garantido.

Tudo dependerá do seu perfil de investidor. Consoante a sua “tolerância” ao risco, poderá optar por uma estratégia mais moderada ou mais arriscada no momento de investir. Não se esqueça também de contar com eventuais encargos com comissões de contratação e de resgate. Os especialistas irão acompanhá-lo e ajudá-lo neste percurso.

Benefícios fiscais

São um dos grandes atrativos dos Planos Poupança Reforma (PPR). Quer opte por um Fundo quer por um Seguro, poderá deduzir à coleta 20 por cento das aplicações, com um máximo entre 300 e 400 euros, dependendo da idade do subscritor, quando resgatar o plano a taxa de imposto é de apenas oito por cento. Em caso de necessidade há sempre a possibilidade de reembolso antecipado (antes da Reforma ou dos 60 anos de idade), sem penalização, nos casos previstos na lei: desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho, doença grave (do subscritor ou de qualquer membro do agregado familiar) ou para pagar as prestações do Crédito à Habitação.

Dependendo da sua idade será também o limite de contribuição mensal que poderá fazer para o seu PPR e obter benefícios fiscais: até aos 35 anos não poderá deduzir mais de 400 euros mensais; se tiver entre 35 e 50 anos, o limite desce para 350 euros, e se tiver mais de 50, não poderá ultrapassar os 300 euros de contribuição mensal.

Pensar no futuro

Traçada a estratégia financeira, resta agora definir os seus objetivos de vida. Depois de dois anos de tensão e medo, é tempo de pensar num futuro mais risonho. De apostar nos sonhos, de não baixar a guarda e de fazer o que for possível para ser feliz – em casa e no trabalho. Tudo aponta para um futuro híbrido. Os números do relatório anual da Microsoft sobre as tendências do mercado de trabalho revelaram que, em 2021, 70 por cento dos trabalhadores queriam ter a opção de exercer as suas funções remotamente. Número suportado também pelo estudo da PwC, que indica que 63 por cento dos empregados preferem trabalhar num regime misto.

O paradigma mudou. O trabalho perdeu o seu lugar central e assumiu-se como um meio para um fim. É tempo das empresas mudarem também. “É imperativo que se verifique uma mudança na cultura das organizações, pautada pelo respeito pelos indivíduos e humanização do trabalho, em que a promoção do bem-estar (físico e psicológico) dos colaboradores constitui uma preocupação central das organizações.” Maria João Velez lamenta apenas que, na prática, isso não se verifique na maioria das organizações. “Na generalidade estas mudanças serão bastante lentas, exigindo primeiramente uma mudança de mentalidade e dos valores associados ao trabalho (principalmente por parte dos atuais líderes das nossas organizações).”


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