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Jornal de Negócios por C-Studio

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Primeiros passos como investidor

Primeiros passos como investidor

Investir está ao alcance de todos e não apenas para quem tem muito dinheiro. Encontrar a modalidade mais adequada ao seu orçamento pode ser um desafio, mas, no futuro, trará benefícios. O conhecimento é a chave.

Desde o início da pandemia que a taxa de poupança das famílias tem vindo a aumentar, pelo que, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), é importante encontrar oportunidades de investimento diversificadas e atrativas, diretamente ou através de instrumentos de investimento coletivo. É necessário criar ferramentas que permitam uma melhor compreensão das famílias, sobre o que é investir, como o fazer e que riscos e benefícios estão associados a esta ação. A informação é, definitivamente a chave, razão pela qual construímos um breve manual para quem quer entender melhor o mundo dos investimentos.

1. Pesquise e aprenda

O último estudo sobre literacia financeira relativa ao mercado de capitais em Portugal, realizado pela CMVM e apresentado em maio de 2021, revelou que cerca de 38% dos investidores investem com base em conselhos de amigos e familiares e que um quarto não lê a documentação do produto que subscreve. Não siga esta corrente. Saber é poder. Antes de investir:

  • Saiba qual o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo) e defina objetivos a curto, médio e longo prazo;
  • Conheça o intermediário financeiro com o qual irá negociar os seus investimentos: consulte as entidades credenciadas pela CMVM, certifique-se da sua saúde financeira, qual a sua imagem no mercado, etc.;
  • Aprenda a linguagem financeira, de forma a entender as soluções propostas;
  • E, sobretudo: sem perceber, não invista.

2. Defina os valores a investir

Decidir investir é mais um passo na sua jornada como investidor. Depois de entender melhor o mercado, faça uma autoanálise. Tenha em conta a fase da vida em que se encontra e organize as suas finanças: elimine as dívidas, avalie os ganhos mensais e as despesas, e estabeleça o valor que pode investir mensalmente. Assim, integrará o investimento nas suas contas mensais, sendo mais fácil manter-se o compromisso, mesmo em meses mais desafiantes. O objetivo é gerar resultados financeiros no futuro, a curto, médio ou longo prazo, de acordo com a modalidade escolhida. Dado que não se controlam todas as variáveis de risco, é importante ter definido o pior cenário possível. Deve diversificar os seus investimentos e não investir dinheiro que venha a precisar para uma emergência. Preserve alguma liquidez. E, sobretudo, evite contrair empréstimos para investir.

3. Identifique o seu objetivo

Fazer uma viagem, trocar de casa, investir em formação – sua ou de alguém da família – ou preparar a sua reforma são alguns dos objetivos possíveis. Ao mesmo tempo que os identifica, analise o seu perfil de risco e avalie se tem disponibilidade para, com maior ou menor risco, eventualmente, rentabilizar o seu capital. Defina igualmente o prazo a partir do qual pretende ter retorno desse investimento.

Investimentos a curto prazo: têm uma duração de até um ano. Procuram criar recursos para fazer frente a imprevistos, pois estão sempre disponíveis. Trata-se de aplicar dinheiro numa solução financeira que tenha um retorno rápido e seguro, para que seja possível resgatar num pequeno espaço de tempo, se for essa a sua vontade.

Algumas soluções: depósitos a prazo (contas-poupança), certificados de aforro, fundos de obrigações, papel comercial e obrigações de curto prazo.

Investimento a médio prazo: têm uma duração de um a cinco anos. Parte deste investimento é aplicado em produtos de risco moderado, com alguma volatilidade, e sem liquidez diária, o que não terá importância se não quiser recorrer a essa reserva em breve.

Investimentos a longo prazo: aplicações com prazo superior a cinco anos. Pode-se aplicar em ativos mais longos e com maior volatilidade, o que implica maior risco de mercado (mas também maior potencial de ganho). A capitalização é uma das vantagens a destacar: ao longo do tempo, o capital sobre o qual recaem os juros/rendimentos é sempre maior, logo, no futuro, os juros/rendimentos serão também maiores e vão capitalizando de forma sucessiva até ao fim da aplicação. Algumas soluções: depósitos a prazo, seguros de capitalização, obrigações (do Tesouro ou empresariais), ações e fundos de investimento.

4. Tenha paciência e disciplina

Os resultados podem demorar a aparecer, mas é importante continuar a investir para manter a regularidade nos rendimentos. O autocontrolo e a disciplina são determinantes para manter o seu planeamento financeiro no caminho que delineou. Vá pensando no objetivo que traçou como prioritário e mantenha-se fiel a ele. Tenha paciência, continue a investir para manter a regularidade dos rendimentos e lembre-se de que, sobretudo no que se refere aos investimentos de renda fixa, os resultados podem demorar a aparecer.

5. Peça ajuda a especialistas

Se ainda não se sente confortável ou com o conhecimento suficiente para investir sozinho, peça ajuda. A literacia financeira, ou seja, a construção de competências relacionadas com a forma como lidamos com as finanças, não é inata. Procure informação nas publicações especializadas ou em entrevistas e artigos de opinião dos profissionais da área. Ainda assim, leia atentamente todos os documentos e não assine nada enquanto não entender todas as informações prestadas. Afinal, a tomada de decisão e a responsabilidade inerente são suas.


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